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Paraty, Litoral Sul Fluminense, Brazil
DETRINDA, jornalismo, música, documentários. Compositor, repórter, videomaker, diretor e produtor de produtos audiovisuais. Pai e filho. Ciente que nada sei, cheio de vontade de aprender. Para aqueles que acreditam que o bem pode se propagar. Sejam Bem Vindos! (Davi Paiva,Trindade, Paraty-Rj).

domingo, 31 de maio de 2009

De Gay Talese a Chico Buarque, Flip tem programação eclética em 2009

Festa Literária Internacional de Paraty acontece de 1º a 5 de julho. Sétima edição do evento homenageia Manuel Bandeira.
Com 35 autores divididos em 18 mesas, a Festa Literária Internacional de Paraty chega à sua sétima edição com uma programação eclética. A Flip acontece entre 1º e 5 de julho em Paraty, no Rio, e os ingressos começarão a serem vendidos a partir das 10h do dia 1º de junho pelo site http://ingressorapido.com.br/.
Entre as atrações internacionais do evento estão o jornalista Gay Talese, expoente do “novo jornalismo” e autor de livros como “A mulher do próximo” e “Fama & anonimato”; o crítico de música erudita da revista “New Yorker” e autor de “O resto é ruído” Alex Ross; o biólogo inglês evolucionista Richard Dawkins, de “O gene egoísta” e “Deus, um delírio”, e a escritora francesa Catherine Millet, autora de “A vida sexual de Catherine M.”, entre outras. A ala nacional da Flip traz o cantor Chico Buarque, autor do recém-lançado “Leite derramado” e de “Budapeste”; o escritor Critovão Tezza, de “Trapo” e “O fotógrafo”; o cineasta Domingos de Oliveira, diretor de “Todas as mulheres do mundo” e “Separações” e o escritor Milton Hatoum de “Relator de um certo Oriente” e “A cidade ilhada”. Além do mundo da literatura, a Flip continua abordando outras linguagens: se 2008 foi o ano de Neil Gaiman, roteirista do quadrinho “Sandman”, a nova edição do evento terá uma mesa especial para as HQs, composta por autores da nova geração brasileira Rafael Grampá, Rafael Coutinho e os gêmeos Fábio Moon e Gabriel Bá.

Já a artista conceitual francesa Sophie Calle inaugura a relação direta da Flip com as artes plásticas – ela participa da mesa “Entre quatro paredes”, com o ex-namorado Grégorie Bouillier.

Manuel Bandeira
Entre as atividades dedicadas ao homenageado de 2009, Manuel Bandeira, está a mesa “Antologia pessoal”, onde o professor Edson Nery da Silva lembra da convivência com o poeta e escritor no Rio de Janeiro e em Pernambuco ao lado de um ex-aluno de Bandeira, o jornalista Zuenir Ventura.
(Foto: internet, Pintura à óleo sobre Tela: Sandro José)

terça-feira, 26 de maio de 2009

DAVI DETRINDA/ CONCHA BRUTA


Para quem gosta de boas musicas, com raízes fincadas na brasilidade e com conteúdos que não visam a industria cultural, esse Cd mostra um pouco das composições caiçaras do musico e jornalista
DAVI DETRINDA.
Conheça mais sobre Trindade e as raízes caiçaras em forma de composições feitas com o coração e com a alma.
Proteja a natureza e nunca desista de seus sonhos.
CONCHA BRUTA é um trabalho que ainda está se lapidando e que com simplicidade visa sensibilizar aqueles que acreditam que o homem pode viver em harmonia com o meio em que vive e principalmente com sigo mesmo.

CULTURA TRADICIONAL



Um aspecto relevante na definição de “culturas tradicionais” é a existência de sistemas de manejo dos recursos naturais marcados pelo respeito aos ciclos naturais, à sua exploração dentro da capacidade de recuperação das espécies de animais e plantas utilizadas. Esses sistemas tradicionais de manejo não são somente formas de exploração econômica dos recursos naturais mas revelam a existência de um complexo de conhecimentos adquiridos pela tradição herdada dos mais velhos, de mitos e simbologias que levam à manutenção e ao uso sustentado dos ecossistemas naturais.

A LUTA DOS TRINDADEIROS

Após a construção da rodovia BR 101, conhecida como Rio Santos, que passa pelos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, diversas comunidades caiçaras e quilombolas que viviam escondidas às margens do Oceano Atlântico, longe das grandes cidades, tiveram seu modo de vida alterado pela especulação imobiliária.
Destacamos a história de luta da comunidade de Trindade, litoral sul fluminense de Paraty-RJ. A vila de pescadores resistiu nove anos em uma batalha contra a multinacional Atlantic Community Develoment Group For Latin América (ADELA) que queria expulsar os “posseiros” caiçaras das terras, que eram cultivadas por eles durante décadas.

Com sete praias paradisíacas, localizada a 20 km de Paraty, a vila de Trindade era a oportunidade para a empresa implantar um grande empreendimento turístico no local.
Essa larga fatia de área litorânea foi considerada prioritária nos programas de reforma agrária na década de 1960 e entregue aos grupos imobiliários pela Embratur por decisão do governo Federal.

Naquela época, entre os anos 1960 e 1970 a comunidade de Trindade vivia isolada dos grandes centros, vivendo basicamente da pesca e do plantio de subsistência. Inesperadamente a multinacional Adela chegou à vila alegando ser dona de todo território da comunidade, que descende de índios e também de piratas que nos séculos XVI e XVII estiveram em todo litoral sul do estado.

A Adela tentou por nove anos ocupar a área, chegando a manter 60 homens armados no local e entrando com diversas ações de reintegração de posse no fórum de Paraty.

Nessa época, os trindadeiros sofreram diversas agressões físicas, além de ver a estrada de acesso ao lugarejo bloqueada por jagunços, suas plantações e casas de pau-a-pique serem destruídas e até servícias praticadas por jagunços a duas professoras.

Por meio da força bruta, os trindadeiros aos poucos eram despejados de suas casas e muitas famílias fugiram para bairros periféricos de Ubatuba. Porém, muitos não desistiram e depois de muita união cada vez que uma casa era derrubada outras eram levantadas em um outro local, na maioria das vezes no período noturno, acabando as construções ao amanhecer. Uma casa por dia, em sistema de mutirão, com caiçaras de guarda costas, durante varias semanas.

O grupo estrangeiro, no entanto, não conseguiu tirar toda a comunidade do local. Ao contrário, sem conseguir vencer a resistência das famílias e pressionada, segundo alguns, também por problemas financeiros, desistiu do empreendimento, colocando a empresa responsável pelo projeto à venda.

Um acordo foi aceito pela comunidade que já estava cansada de viver como nômade, fugindo de um lugar para outro. Assim, chegou ao fim o pesadelo que durou nove anos e teve um alto custo para a comunidade. Das 120 famílias que viviam no povoado, apenas 42 resistiram até o acordo.

O documento assinado pelas partes concedeu para cada trindadeiro um titulo de propriedade, garantindo assim as posses da área onde estava delimitado o povoado e também as posses de lavouras. Assim os caiçaras ficaram com 147 mil metros quadrados para reconstruir a antiga vila e mais 620 mil metros quadrados para plantar roças, enquanto a empresa garantiu o domínio de 2,8 milhões de metros quadrados.

Durante os últimos anos da luta a comunidade recebeu ajuda da Sociedade de Defesa do Litoral, que surgiu em 1978, quando um grupo de jovens que freqüentavam o local presenciou as violências cometidas contra os posseiros e decidiu unir-se aos moradores, fundando assim a entidade.

Depois de firmado o acordo a comunidade fundou a Associação de Moradores Nativos e Originários da Trindade.

Atualmente, a comunidade vive quase que exclusivamente do turismo. Os ranchos de pescas da beira da praia se transformaram em bares e restaurantes e os caiçaras em microempresários do setor turístico. Alguns ainda resistem na manutenção da cultura caiçara, pescando e caçando como antigamente, mas a maioria trabalha com pousadas e campings que chegam a receber 20 mil turistas durante a alta temporada.
Essa história de luta é contada pelo documentário "TRINDADE PARA OS TRINDADEIROS", trabalho de conclusão de curso dos jornalistas Davi Paiva (Davi Detrinda) e Silvio Delfim.
O vídeo narrar a luta dessa comunidade que apesar de tanto tempo passado desde esses acontecimentos, ainda hoje vive a incerteza do que pode ser feito na área dominada pela empresa.

O documentário tem a intenção de contar como foi essa história de luta contra os interesses imobiliários de uma grande multinacional, que tentou expulsar os trindadeiros da terra onde moravam para a construção de um condomínio de alto padrão.

A abordagem é feita de forma com que fique claro para o telespectador que os interesses do capital não levam em consideração as tradições, culturas e modo de vida da comunidade que é afetada pela especulação imobiliária.

Outra abordagem é com relação à importância da união da comunidade para conseguir vencer essa batalha e resistir por 9 anos contra grupos de poder e principalmente as conseqüências desse problema para a comunidade de Trindade.
(Texto: Davi Detrinda, fotos de arquivos: Fausto Pires de Campos, Ed Viggiani, Adriana Mattoso) (foto da visão da praia do Cepilho: Silvio Delfim)
Mais informações sobre o documentário: Davi Detrinda detrinda@gmail.com

A OCUPAÇÂO DO LITORAL

O esquema geral de ocupação do litoral, que alternou períodos de prosperidade econômica com períodos de estagnação, foi descrito por vários autores para os Estados do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro (Siqueira, 1989 b). Observa que, de forma geral e até meados do século XX, durante os períodos de prosperidade em que outras alternativas econômicas eram oferecidas aos caiçaras, suas atividades tradicionais eram abandonadas em favor daquelas, e muitas vezes houve um aumento da população urbana nos municípios do litoral. Por outro lado, nos períodos de estagnação, normalmente, o caiçara voltava às suas atividades tradicionais, como forma de garantir sua subsistência, havendo um retorno para a área rural. Após a abertura das estradas de acesso ao litoral norte do Estado de São Paulo, na segunda metade do século XX, as transformações sócio-econômicas, que até então ocorriam lentamente, passaram a ocorrer de modo acelerado, com a chegada do turismo e da urbanização do litoral. A paisagem rural foi se transformando numa paisagem urbana e o caiçara foi sendo expulso para as cidades. Foto: (Area da comunidade caiçara de Trindade que foi tomada durante a década de 1970 atráves de força bruta pela empresa BRASCAN-ADELA)

A COMUNIDADE CAIÇARA

Nas décadas de 1940-50, a conformação do povoado caiçara era de um grupamento desordenado de casas isoladas umas das outras, escondidas entre a folhagem e protegidas do vento pela vegetação da orla da praia. Apesar de a propriedade ser privada, ela não era cercada e as trilhas permitiam o acesso de todos ao espaço caiçara. A praia era o centro da vida caiçara e ponto de articulação com o mundo exterior. O caiçara se distinguia pela praia a cujo grupo pertencia e a solidariedade entre seus membros era importante fator de equilíbrio, mesmo não sendo regulada por nenhuma organização ou instituição. Apesar de a atividade agrícola ser essencialmente individual e familiar, as trocas e empréstimos de produtos, a prestação de serviços e a ajuda nos trabalhos, sob a forma de mutirão, levavam a uma distribuição mais ou menos eqüitativa dos produtos obtidos nas culturas (França, 1954). O sertãoera o espaço do trabalho, onde se encontravam as roças, os bananais e a floresta, de onde se retirava lenha, ervas medicinais e onde se caçava. Em muitas comunidades podiam ser vistos ranchos construídos na praia, que serviam de habitação temporária durante a época de pesca de algumas espécies, como a tainha (Willems, 946; França, ibid.). A estrutura da casa caiçara tradicionalmente era a mesma do caipira do interior: paredes de pau-a-pique, telhado de sapê e duas águas, algumas vezes caiada. O chão era de terra batida e os móveis escassos (Carvalho, 1940). Fonte: Cristina Adams

O QUE É SER CAIÇARA?


O termo caiçara tem origem no vocábulo Tupi-Guarani caá-içara (Sampaio, 1987), que era utilizado para denominar as estacas colocadas em torno das tabas ou aldeias, e o curral feito de galhos de árvores fincados na água para cercar o peixe. Com o passar do tempo, passou a ser o nome dado às palhoças construídas nas praias para abrigar as canoas e os apetrechos dos pescadores e, mais tarde, para identificar o morador de Cananéia (FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA, 1992). Posteriormente, passou a ser o nome dado a todos os indivíduos e comunidades do litoral dos Estados do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro (Diegues, 1988). Por muito tempo, após o descobrimento do Brasil, o litoral foi quase a única área de povoamento. Apesar de sua grande extensão, existem elementos culturais e sociais comuns a toda a costa brasileira oriundos, em grande parte, de influências semelhantes na sedimentação das bases sócio-culturais dos habitantes do litoral. Nos estados das regiões Sul e Sudeste ocorreram ainda duas particularidades: a deserção de sua população à medida que o povoamento avançou para o interior e o não estabelecimento de imigrantes, ficando este litoral privado de influências culturais externas (Mussolini, 1980; Marcílio, 1986).
Os primeiros brasileiros surgiram da miscigenação genética e cultural do colonizador português com o indígena do litoral, ocorrida nas quatro primeiras décadas, a qual formou uma população de mamelucos que rapidamente se multiplicou. Esta protocélula da nação brasileira foi moldada, principalmente, pelo patrimônio milenar de adaptação à floresta tropical dos Tupi-Guarani. A chegada do negro africano, como escravo, pouco contribuiu nesta primeira fase. Entretanto, sua incorporação à ordem social e econômica acabou gerando, posteriormente, um contingente mestiço de índios, brancos e negros, que viria a constituir o povo brasileiro (Ribeiro,1974 apud Ribeiro, 1987). FONTE: Cristina Adams

Mais de 100 mil hectares de mata atlântica foram desmatados em 4 anos, aponta Inpe


Entre 2005 e 2008, foram desmatados ao menos 102.938 hectares de mata atlântica no País, aponta estudo feito pela Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A área corresponde a dois terços do tamanho da cidade de São Paulo. Os números revelam a persistência da média de desflorestamento em 34.121 hectares por ano. No período de 2000 a 2005, a média foi muito parecida, de 34.965 hectares anuais. Atualmente, 112 milhões de pessoas vivem em regiões com este tipo de vegetação.
A pesquisa “Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica” revela que os estados que sofreram maior desmatamento são Minas Gerais, Santa Catarina e Bahia. Eles perderam nos últimos três anos, 32.728, 25.953 e 24.148 hectares respectivamente. A diretora de Gestão do Conhecimento e coordenadora do "Atlas pela SOS Mata Atlântica", Marcia Hirota, entende que “é urgente o aparelhamento do Ibama para ampliar a fiscalização”.
Minas Gerais possuía, originalmente, 27.235.854 ha de Mata Atlântica, que cobriam 46% de seu território; pelo levantamento, restam apenas 9,68%. Flávio Ponzoni, coordenador técnico do estudo pelo INPE afirma que os remanescentes de mata atlântica do estado ficaram quase restritos a topos de morro. “A continuar assim, de fato, restará muito pouco em pouco tempo”.
Santa Catarina, que está 100% inserida no Bioma, tem 23,29% de floresta; Já a Bahia, que tem 33% do território na Mata Atlântica, ou 18.875.099 hectares, ficou hoje com apenas 8,80% de floresta.
Segundo o estudo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e Bahia são as áreas mais críticas para a Mata Atlântica, “pois são os Estados que mais possuem floresta em seu território e, por isso, têm grandes áreas desmatadas em números absolutos”, aponta o estudo.
Mario Mantovani, diretor de Mobilização da Fundação SOS Mata Atlântica, identifica o desenvolvimento das cidades como principal motor de desmatamento no País. “Nossos trabalhos demonstram que os desmatamentos em geral são em função da expansão urbana e, também, nos limites dos biomas de mata atlântica e cerrado em MG, por conta do carvão para a siderurgia. Isso nos leva a contestar o terrorismo contra os pequenos proprietários promovido pelo Ministro da Agricultura e a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). Vale lembrar que os pequenos agricultores são tratados de forma diferenciada pela lei da mata atlântica”.
Além dos estados citados, o Paraná perdeu 9.978 hectares de mata; Rio Grande do Sul, 3.117 hectares; São Paulo, 2.455 hectares; Mato Grosso do Sul, 2.215; Rio de Janeiro, 1.039 hectares; Goiás, 733 hectares; Espírito Santo, 573 hectares.

segunda-feira, 25 de maio de 2009



O nascer do Sol...

Privilégio de poucos responsabilidade de todos


"O privilegio de nascer em um lugar abençoado, trás a responsabilidade de você lutar ao meu lado"
O preço do progresso pode ser alto demais...


REGGAE ROMPENDO AS FRONTEIRAS!

PROTEJA TRINDADE!



Davi Detrinda e Tribo de Jah em Trindade!

Show gratuito que levou cerca de 5 mil pessoas na vila de Trindade.

" Abrir o show da Tribo em casa e participar dessa energia foi mágico!"